As constelações afirmam que os filhos estão emaranhados nos destinos da família e que eles , inconscientemente e por amor, assumem fardos que pertencem aos pais, a fim de lhes proporcionar alívio.
Os conflitos de lealdade sobrecarregam os filhos. Nas tensões, pontuais ou crônicas, do relacionamento dos pais, os filhos se ficam problemáticos. Isso é pior quando o conflito é o da separação dos pais.
Um filho nunca está isolado do ambiente e o comportamento que ele tem é uma tentativa impensada de equacionar tudo que está por baixo do problema sintomático dele. Esse problema, caso não seja reconhecido, só vai piorar a situação.
Assim, podemos afirmar que os filhos apontam para o nível de saúde da família: quando começam a dar problema, podemos ter a certeza de que há um emaranhamento familiar sério. Esses problemas tem diversas identidades mas comumente se revelam na forma de comportamentos disfuncionais, doenças físicas, problemas psicológicos, rebaixamento da imunologia, problemas de relacionamento, comportamentos inadequados na escola e na vizinhança, problemas alimentares com ganho ou perda de peso, furto, mentira, agressão, violência, uso de substâncias psicoativas (inclusive o álcool), dificuldades de aprendizagem, etc.
Visto que as constelações familiares denunciam as dinâmicas profundas do sistema familiar, sendo muito libertadoras para os filhos. Os pais também alcançam alívio ao conseguirem enxergar que o filho problemático está enroscado a alguém da família porque as constelações mostram o mecanismo por trás do problema de comportamento.
Quando o filho está sendo indevidamente leal um membro da família e está sendo ajudado, cada melhora será percebida como uma traição dele contra a pessoa com quem ele está enredado.
Os pais recusam ajuda terapêutica porque, muitas vezes, se sentem culpados ou eles duvidam do próprio valor como pais. A constelação pode mostrar-lhes em que estão emaranhados e ajuda-los a melhorar a função parental, perceberem os problemas não são só por culpa deles, lhes promoverem novos insights e consciência mais clara das suas responsabilidades.
Também acontece de os pais sabotarem o processo para o terapeuta se concentrar só em ajudar o filho, apesar de a solução só ser possível quando o grande cenário é revelado e respeitados, em profundidade, o amor e a lealdade.
O problema de um filho aponta para a qualidade de um ambiente e para a qualidade das relações nele. A ajuda é mais efetiva se mais pessoas ao redor do filho são consideradas. Isto, psicoterapias melhores, como a de tipo winnicottiano, já fazem. Nelas, os filhos desabrocham se os pais resolvem os problemas do ambiente, do qual faz filhos e pais fazem parte.
Mas a constelação familiar vai além do psicológico e olha um contexto maior, inclui os múltiplos planos. Por isso ela tem atraído o interesse de tantos pelo mundo todo. Por meio delas, quando as soluções são integradas, os filhos podem ser filhos novamente e isso lhes permite nadar livres no novo fluxo de energia que o trabalho é capaz de instalar no ambiente.
Os filhos não precisam estar presentes nas constelações para eles e nem tem que tomar conhecimento que elas foram feitas. Isso funciona assim até a puberdade mas, depois, é preferível que os adolescentes estejam presentes nas constelações.
Autor do Texto: Miguel Mello. Psicólogo
Quer conhecer um pouco mais sobre as Constelações Familiares, entre em contato.
Tatiana Ramos Notari
tatiana.notari@hotmail.com
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