Contos de Fadas - Branca de Neve, na visão Junguiana


        
               Os Contos de Fadas são um valioso recurso pedagógico e terapêutico

que, por meio de imagens significativas, tem um profundo efeito no inconsciente da  alma humana.




              

    Branca de Neve representa o ser iniciado, que nasce na terra. Três mulheres, são representadas neste conto, a primeira a sua mãe, que morreu quando ela nasceu, levando com ela todo o passado, todas as lembranças, representa o esquecimento quando descemos a esse plano, o passado. Ela o presente a ser vivido, sua Madrasta o futuro, o desafio, as provas por qual terá que passar.


   O espelho é a consciência, na medida em que o tempo passa o corpo físico se degrada, esse confronto é inevitável: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu” – O espelho sempre responderá você ontem, porque hoje estou mais velho, amanhã mais.

   A Madrasta resolve mandar matar Branca de Neve, quer o seu coração, como prova da morte da pureza, da inocência, e Branca de Neve então foge pela floresta, se ficasse no seu castelo, não descobriria seu interior, começa a iniciação, pois a floresta representa o interior de cada ser.


   Neste caminho ela vai encontrar todos os elementos da natureza, e lidar com suas energias representadas por sete anões. Os anões são os centros vitais de forças, os chakras:

Mestre – representa o coronário, ele é o chefe, a consciência espiritual;

Zangado – representa o chakra Frontal, pois ele é racional, se baseia na lógica e no raciocínio, intelecto;

Feliz – representa o laríngeo, é o mais gordinho, tem relação com as glândulas tireóide, é comunicativo, alegre;

Dengoso – representa o cardíaco, é sentimental, emotivo, chorão, apaixonado;

Soneca – representa o chakra Umbilical, o inconsciente, instinto primitivo, o sono, emoções inferiores;

Atchim – representa o chakra esplênico (sexual), é o chakra responsável pelo filtro das energias nos órgãos sexuais, também responsável pelas alergias, ansiedades;

Dunga – representa o chakra radico, básico, raiz, representado pela inocência, pelo principio, o menino, o inicio da coluna vertebral, é o chakra dos instintos;
   Na relação da história, Dunga foi o primeiro a ver Branca de Neve. Nota-se no conto que o Mestre é quem lapida as pedras preciosas. O Mestre confunde as palavras quando fica nervoso, é uma das características do Chakra Coronário quando tiver em mal funcionamento a confusão, o atrapalhamento das idéias.

   A branca de Neve conquista os Sete Anões, domina as Sete Mágica, domina os chakras. O sete é também por excelência o número vibracional da mudança. Isso atrai para si, um confronto derradeiro, o lado negro surge trazendo o desafio crucial do interior.




   A bruxa representa esse lado negro, oculto, essa força inconsciente. A maça o conhecimento. Provar o conhecimento significa morrer, isso significa a morte iniciática. Os anões a colocam num caixão de vidro, significando que ela está presa em si mesmo.

   Surge então o Cavaleiro, uma figura até então indiferente na história, ele significa a energia masculina, a pingala, a energia kundalini positiva, a ação, fazendo uma analogia com o Tarot, o cavaleiro é o carro, o caminho, a carta número 7, símbolo do fogo.


   O beijo é o encontro da energia branca, negativa – Lua, feminina chamada de ida da Kundalini, com a energia do fogo – Sol e quando isso acontece o ser desperta, ascende, transcende, conquista a si mesmo, levanta, se torna integral.



   Assim fecha a história da saga humana, um horizonte de luz, com um castelo nas nuvens. Um arco íris com um pote de ouro no final.

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Tatiana R. Notari

Cascavel - Paraná


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