Desde que me tornei mãe, comecei a perceber que existe uma certa disputa entre as mulheres, no quesito FILHO, a começar pela escolha do Obstetra, pré-natal, parto, amamentação, alimentação, enfim tudo que diz respeito a gerar uma vida. Cada mulher tende a acreditar que as escolhas dela são as melhores, e sim devem ser mas para ELA mesma. No entanto o que vejo é uma insistente busca por impor as suas escolhas as demais mães, que foge daquilo que gostamos de compartilhar com outras quando dá certo para nós. E isso tem gerado de certa forma uma grande quantidade de mães frustadas, que se baseiam em um mundo mágico e de contos de fadas, criado por outras mães, que como costumo dizer, tem amnésia pós eventos, porque temos a tendência a esquecer o que passamos de dificuldade com nossos pequenos, é muito amor mesmo, eu sei, e acabamos por diversas vezes repassando a informação de que foi tudo muito fácil, muito tranquilo, desde a gestação, o parto, a amamentação, primeiros passos, desfraldes, e assim por diante.De que nunca tivemos dificuldades, que nossos filhos sempre fizeram tudo da melhor maneira possível, e que o filho de outros é quase um monstrinho!!! Quem nunca passou por isso? Ou nunca se sentiu assim? Não é por maldade, tenho plena consciência disso, na maternidade, o amor que sentimos tem o poder de nos fazer esquecer mesmo, o quanto sofremos com um noite de febre, ou o quanto choramos juntos quando os dentes começaram a nascer, quantos xixis e cocôs escaparam no sofá... Enfim, isso tudo passa e logo tratamos de colocar naquela caixinha de esquecidos e guardamos somente as boas lembranças. O poder mágico da maternidade. <3
Por isso eu tenho a conduta de quando outras mães me procuram, me pedem dicas, sempre lhes conto o que funcionou em nossa família, com o nosso filho, e digo em seguida para sempre buscarem e descobrirem o melhor jeito que funcione para eles. Afinal, são vivencias, costumes, necessidades diferentes em cada família.
Porém o que mais me preocupa é o quanto cobramos das nossas crianças. O quanto esperamos que sejam perfeitas. E os padrões que nos baseamos são os padrões de outras famílias, de outras crianças, esquecemos que cada sistema, cada individuo tem um tempo diferente para cada coisa, para cada nova evolução.
Hoje me deparei com este texto, e achei muito legal.
Que possamos sempre estar atentos aos nossos filhos sim, mas atentos ás suas necessidade, ao seu tempo, com muita presença, amor e resiliência.
"Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria, então, sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.
Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffington Post –, o que não só a entristeceu, mas também a irritou, foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.
Para contrapor às listas indicadas pelas mães (em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100), Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem o que uma criança deve saber.
Vejam alguns exemplos abaixo:
– Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
– Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
– Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
– Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
– Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
– Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
– Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
– Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.
E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:
– Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.
– Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.
– Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.
– Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.
– Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles."
Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?
Pais, busquem sempre olhar para suas crianças, muito além do aparente, muito além daquilo que podem ver. Estejam presentes quando forem avaliar seus filhos, e não esperem deles mais do que esperaria de você com a mesma idade.
Um lindo fim de sexta pra você.
Com carinho, Tatiana.
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